O Leviatã é uma figura da mitologia bíblica que representa uma criatura monstruosa, aquática e poderosa. Na filosofia política, o termo "Leviatã" é usado para designar um Estado absolutista, poderoso e centralizador, que exerce um controle total sobre seus cidadãos. O filósofo inglês Thomas Hobbes foi um dos primeiros a utilizar a metáfora do Leviatã para descrever o Estado moderno. Na visão de Hobbes, o ser humano é naturalmente egoísta, violento e competitivo, o que torna impossível a convivência pacífica e harmoniosa em uma sociedade sem a presença de um poder centralizado. Para Hobbes, somente um Estado forte e autoritário, como o Leviatã, seria capaz de garantir a paz e a estabilidade social. Dessa forma, o poder centralizado teria o direito de utilizar a força para manter a ordem e a disciplina, mesmo que isso signifique sacrificar algumas liberdades individuais. Apesar de ser uma figura temida e intimidante, o Leviatã de Hobbes é visto como um mal necessário para a sobrevivência da sociedade. No entanto, tal visão é criticada por muitos filósofos, que argumentam que a liberdade individual é um direito inalienável e que o poder do Estado deve ser limitado para preservar uma sociedade verdadeiramente democrática e justa.
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